Oportunidades de um futuro longe da criminalidade são conquistas que o incentivo educacional promove à vida das pessoas em custódia, lhes oferecendo um futuro longe do sistema penal e benéfico para todos. A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) tem acompanhado como o incentivo aos estudos tem elevado o anseio dos internos a alcançar o ensino superior através do Exame Nacional de Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade (Enem PPL). Este ano, 1.707 internos paraenses vão participar do exame, que será realizado em dois domingos, no dia 9 e 16 de janeiro de 2022.
O Enem PPL 2021 é mais um desafio aceito pela Seap em prol dos estudos aos privados de liberdade, garantindo o suporte necessário para prestarem o exame desde o início do ano. Os internos aptos para participar do Enem têm um contínuo exercício de aprendizagem com os ensinamentos repassados por monitores das casas penais, que são os responsáveis pelas turmas preparatórias pré-Enem.
Cerca de 29 casas penais inscreveram internos, tanto da região metropolitana de Belém quanto de regiões do interior. Entre essas, destacam-se com o maior número de inscritos: o Centro de Reeducação Feminino (CRF) de Ananindeua; Centro de Recuperação Especial Anastácio das Neves (Crecan); Presídio Estadual Metropolitano I (PEM I); Colônia Penal Agrícola de Santa Izabel (CPASI); Centro de Detenção Provisória de Icoaraci (CDPI); Centro de Recuperação Regional de Itaituba (CRRI) e Centro de Recuperação Regional de Paragominas (CRRP).
A preparação dentro dos ambientes prisionais tem cativado o interesse dos custodiados em participar da prova, tendo um número maior de inscritos a cada ano. Em 2021, o aumento de participação dos privados de liberdade no Pará no Enem cresceu 18% em comparação a 2020, quando atingiu 1443 inscritos. O objetivo da Seap é que esse quantitativo aumente todos os anos. Após a aprovação no Enem, o custodiado ingressa na universidade por meio do Ensino à Distância (EAD), obtendo o apoio da Seap e da família.
De acordo com o diretor Belchior Machado, da Reinserção Social (DRS), a Seap vê a educação como ferramenta primordial para a reintegração social das pessoas privadas de liberdade, prova disso é os investimentos para maiores níveis educacionais dentro das unidades penais. “Exames nacionais como o Enem constituem os caminhos para um futuro em liberdade, dando oportunidades de acesso ao nível superior para aqueles que buscam sair da criminalidade”, afirma. Com projetos voltados à educação em diferentes níveis de ensino, a secretaria tem conquistado um espaço de grande relevância para o crescimento intelectual dos custodiados do Pará, ofertando a conclusão dos estudos desde o ensino fundamental até a graduação universitária.
Por Seap
Foto: Seap