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Por DOL
As lutas dos povos tradicionais e os impactos da mineração, das queimadas e do agronegócio na região amazônica serão debatidos durante o Seminário “Amazônia, entre saques e resistências”, que a Associação de Docentes da UFPA (Adufpa) realizará de 16 a 18 de outubro, no Auditório do Instituto de Ciências da Educação (Iced).
As inscrições para o evento são gratuitas e serão emitidos certificados de 20 horas para os participantes.
O evento irá reunir indígenas, quilombolas, ribeirinhos, seringueiros, trabalhadores sem terra e atingidos pelos projetos de mineração, para debaterem uma agenda conjunta de lutas em defesa da Amazônia.
Os expositores também irão relatar situações de ameaças que têm vivenciado na luta em defesa de seus territórios.
De acordo com a organização do seminário, a situação mais grave é dos povos indígenas, cujos ataques sofridos por invasores aumentaram após a posse de Jair Bolsonaro na Presidência da República.
“Estimulados pelos discursos de ódio do presidente, grupos criminosos invadem os territórios para demarcação de lotes irregulares, derrubada ilegal de madeiras ou abertura de garimpos ou locais para o pasto”, salienta a Associação.
Até o mês de setembro deste ano, já foram contabilizados 160 casos de invasões em 153 terras indígenas no país, sem qualquer ação do governo para proteger os povos originários da floresta.
Segundo o diretor-geral da ADUFPA, Gilberto Marques, o objetivo do seminário é denunciar e destacar a intensificação, nos últimos anos, dos processos de extração, expropriação e transferência das riquezas da Amazônia para fora da região.
“A expectativa é dar voz a sujeitos que estão no cotidiano construindo resistências à implantação dos grandes projetos em nossa região, deixando um legado de degradação e destruição”, afirma Gilberto.
O Seminário deverá aprovar uma Carta em Defesa da Amazônia e seus povos.