Foto: Marcos Corrêa/PR/Divulgação
Por VEJA.com
Regina Duarte e a Rede Globo encerraram, em comum acordo, o contrato da atriz com a emissora, depois de mais de cinquenta anos. A informação foi divulgada nesta sexta-feira, 28, pelo departamento de comunicação da emissora. A decisão ocorre após a atriz ter aceitado o convite do presidente Jair Bolsonaro para assumir a Secretaria Especial da Cultura.
“Deixar a TV Globo é como deixar a casa paterna. Aqui recebi carinho, ensinamentos e tive a oportunidade de interpretar personagens extraordinárias, reveladoras do DNA da mulher brasileira. Por mais de cinquenta anos sinto que pude viver, com a grande maioria do povo brasileiro, um caso de amor que, agora sei, é para sempre. E não existem palavras para expressar o tamanho da minha gratidão. Que Deus me ilumine para que eu possa agora, na Secretaria Especial de Cultura do Governo Bolsonaro, honrar meus aprendizados em benefício das Artes e das Expressões Culturais da população do meu país”, diz Regina Duarte em nota enviada pela Rede Globo.
A posse de Regina Duarte está prevista para o dia 4 de março. A atriz assumirá o cargo que está vago desde a exoneração de Roberto Alvim, demitido após divulgar um vídeo em que copiou um discurso do nazista Joseph Goebbels, ministro da propaganda de Adolf Hitler, para anunciar a criação do Prêmio Nacional das Artes. Postado no perfil do Twitter da Secretaria de Cultura, o vídeo causou indignação nas redes sociais tanto pelo discurso quanto pela estética, semelhante à de pronunciamentos de Goebbels.
Leia abaixo a íntegra da nota:
Globo e Regina Duarte encerraram, em comum acordo, a relação contratual de mais de 50 anos de sucessos
A Globo e a atriz Regina Duarte encerraram, em comum acordo, a relação contratual de mais de 50 anos de sucessos. A iniciativa deve-se à decisão da atriz de assumir a Secretaria Especial de Cultura do Governo Bolsonaro.
“Deixar a TV Globo é como deixar a casa paterna. Aqui recebi carinho, ensinamentos e tive a oportunidade de interpretar personagens extraordinárias, reveladoras do DNA da mulher brasileira. Por mais de cinquenta anos sinto que pude viver, com a grande maioria do povo brasileiro, um caso de amor que, agora sei, é para sempre. E não existem palavras para expressar o tamanho da minha gratidão. Que Deus me ilumine para que eu possa agora, na Secretaria Especial de Cultura do Governo Bolsonaro, honrar meus aprendizados em benefício das Artes e das Expressões Culturais da população do meu país”, declara Regina Duarte.
A estreia de Regina Duarte na Globo aconteceu em 1969, na novela “Véu de Noiva”. Desde então, a atriz deu vida a papéis marcantes da teledramaturgia brasileira, como a artista plástica Simone em “Selva de Pedra” (1972). Por conta de suas personagens, Regina Duarte ganhou o apelido de ‘Namoradinha do Brasil’ e também viveu o ícone da emancipação feminina do fim dos anos 70, com a protagonista de Malu Mulher (1979). A atriz viveu as confusões da espalhafatosa Viúva Porcina com o fazendeiro Sinhozinho Malta (“Tô certo ou tô errado?!” ), interpretado por Lima Duarte em “Roque Santeiro” (1985) , um dos maiores sucessos de audiência de todos os tempos. Outra atuação marcante de Regina foi Rachel Acioly de “Vale Tudo” (1988). A atriz conquistou também, por três vezes , o papel mais emblemático da obra de Manoel Carlos. Regina foi Helena em “História de Amor” (1995); “Por Amor” (1997); e “Páginas da Vida” (2006). Em “Chiquinha Gonzaga”, de 1999, interpretou, com a filha Gabriela Duarte, a grande musicista brasileira. Foram 31 novelas, oito casos especiais e centenas de episódios em séries e minisséries na Globo.
Comunicação Globo
Rio de Janeiro, 28 de fevereiro de 2020