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Paysandu assinará nesta quinta-feira (5) contrato com empresas para iniciar obras do novo CT do clube

Paysandu assinará nesta quinta-feira (5) contrato com empresas para iniciar obras do novo CT do clube

Foto: Fernando Torres/arquivo

Por Jorge Luís Totti, Paysandu

A construção do Centro de Treinamento Raul Aguilera vai começar este ano.

Na tarde desta quinta-feira (5), o Paysandu Sport Club fará um evento no local para oficializar a assinatura contratual com as duas empresas que farão os primeiros serviços no terreno de aproximadamente 113 mil metros quadrados, localizado na rua Osvaldo Cruz, bairro de Águas Lindas, em Belém. O presidente Ricardo Gluck Paul, o vice-presidente de Gestão, Maurício Ettinger, o diretor de Futebol, Felipe Albuquerque, o técnico Hélio dos Anjos, o atacante Nicolas, atletas oriundos da base que hoje estão no elenco profissional e outros convidados estarão presentes na cerimônia, que terá início às 13h30.

A primeira parte das obras será executada em uma área de cerca de 25 mil metros quadrados. Uma das empresas contratadas ficará responsável pela supressão vegetal, que consiste na retirada das árvores e na limpeza do terreno. Já a outra empresa fará a fiscalização do serviço diariamente, a fim de garantir que tudo ocorra dentro do que foi determinado pela Secretária Municipal de Meio Ambiente (Semma). “Devemos gastar cerca de R$ 140 mil para fazer a retirada das árvores, sendo R$ 80 mil para a empresa que fará o serviço e R$ 60 mil para a empresa de consultoria que vai nos orientar a fazer tudo da maneira correta, com acompanhamento de um engenheiro florestal e de um engenheiro agrônomo. Essa consultoria é muito importante para garantir que tudo seja fiscalizado e feito da forma certa, sem risco de o clube ser penalizado com multa”, argumentou João Bosco, presidente da Comissão de Obras, criada ano passado.

Na primeira etapa do serviço, depois de um período de estudo de mercado e análises de projetos, o grupo selecionou uma empresa habilitada e licenciada que fará a remoção da camada vegetal do terreno. “Nós encaminhamos convites para nos apresentarem orçamentos com o cronograma de tarefas. Avaliamos todas as propostas e selecionamos a empresa que fez o melhor projeto”, explicou o conselheiro.

Depois que o terreno estiver preparado, uma terceira empresa será contratada para construir três campos de futebol e um pequeno alojamento com área administrativa. O trabalho no restante do espaço, de aproximadamente 88 mil metros quadrados, também será feito por etapas, de acordo com a evolução de cada serviço.

LICENÇAS

Último documento adquirido pelo clube, a Licença de Instalação foi assinada pelo titular da Semma, Pio Netto, no dia 11 de setembro de 2018, e entregue ao clube uma semana depois. Antes, o Paysandu já havia conseguido a Licença Provisória e a Autorização de Supressão Vegetal, ambas também concedidas pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, além do Alvará de Obras, expedido pela Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb), e outras licenças emitidas pela Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) e pela Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa).

Foram quase 20 meses de trabalho intenso por parte do clube junto às secretarias municipais da capital, a fim de garantir que todo o processo fosse executado da forma correta, com responsabilidade e seriedade, sem causar qualquer tipo de dano à natureza. Na época, o então presidente Tony Couceiro afirmou que “o Paysandu tinha prometido até para os gestores municipais que não faria nada enquanto não estivesse com todas as licenças. É a lei e nós temos de seguir. Podemos até não concordar com tudo que é feito para conseguir a licença, mas nós temos de cumprir a lei e foi isso que nós fizemos.”

CONTRAPARTIDAS

Antes de começar as obras, o clube teve de cumprir algumas condicionantes previstas em todas as licenças que foram concedidas pelos órgãos públicos, como, por exemplo, monitoramento do ar, monitoramento de ruído e monitoramento de partícula. Após um longo período de pesquisas e estudos minuciosos feitos pela Diretoria, O Paysandu apresentou à Semma um projeto com uma série de contrapartidas voltadas para a natureza.

A compensação ambiental será executada no entorno do terreno para beneficiar a população vizinha ao empreendimento. “Nós nos comprometemos a fazer manutenção de praças, plantação de árvores e programas de educação ambiental para a comunidade de Águas Lindas, além de outras ações. Vamos cumprir com todas as exigências dos órgãos responsáveis, como vemos fazendo desde o início. É um processo demorado e longo, mas nós estamos cumprindo com a lei e acima de tudo agindo com respeito com o meio ambiente e também com as pessoas que vivem ali perto”, garantiu Ricardo Gluck Paul.

Para atender a comunidade da área, o Paysandu vai contar com um trabalho em conjunto realizado pelas Diretorias de Obras, Projetos Especiais, Divisões de Base, Futebol, Responsabilidade Social, Comunicação e Marketing.

PARTICIPAÇÃO DA TORCIDA

Quando a arquibancada central do Estádio da Curuzu foi concluída, em 2006, Ricardo Gluck Paul fez parte da comissão criada para executar a obra. “Naquela época foi muito emocionante ver a torcida chegar com cimento, tijolos, areia e materiais de construção para aumentar a capacidade do nosso caldeirão. Tenho certeza que não vão nos decepcionar. Eu vivi isso como torcedor, portanto, conheço a força da torcida quando se engaja em torno de uma causa como essa, que fortalece o clube e engrandece o nosso patrimônio. A gente sabe que o nosso Centro de Treinamento é um sonho antigo e a colaboração da torcida será decisiva para tornar o CT real”, lembrou o agora presidente do clube.

Ricardo Gluck Paul também adianta que no dia da assinatura do contrato com as empresas também será lançado um programa de adesão em massa para a Fiel colaborar com a construção do CT.

O PROJETO

O imóvel foi adquirido pela instituição em 2016. Durante os dois anos seguintes, o clube obteve todas as licenças necessárias, junto aos órgãos públicos competentes, que autorizam o Paysandu a começar os trabalhos, uma vez que a área é de proteção ambiental. O último documento foi expedido em setembro de 2018.