Para Maurício Gerum, “Não há dúvida probatória, inúmeras notas fiscais, depoimentos e mensagens entre executivos, de que o imóvel estava sendo preparado para o ex-presidente”.
Ao rejeitar as alegações das defesa, disse que merecia discussão apenas a questão probatória. “Os documentos não falam em cotas, sempre em um imóvel”, disse Gerum, relatando documentos apreendidos na casa do ex-presidente Lula e também na Bancoop, responsável pelo empreendimento. Segundo o procurador, a defesa não conseguiu apresentar argumentos que afastassem as provas presentes nos autos.
Gerum falou sobre a atuação de Lula junto às diretorias da Petrobras, por meio das quais eram realizados os desvios, dizendo que testemunhas relataram que o ex-presidente tinha conhecimento do esquema.
“Então, o que nós temos aqui? Um presidente da República que nomeia diretores de uma estatal que engendram, juntamente com o clube das empreiteiras, o maior esquema de corrupção da história do Brasil”.
Concluindo assim que “Lamentavelmente, Lula se corrompeu. Embora a defesa insista no ato de ofício para configuração do crime de corrupção, vale lembrar que essa questão já foi superada pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do Mensalão”.