Para desenvolvimento da Bioeconomia na Amazônia, Helder defende financiamento federal

Helder Barbalho (MDB), presidente do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal, o governador do Pará, voltou a defender a Bioeconomia como novo modelo de geração de emprego e renda para a região, e reforçou a meta de zerar as emissões de carbono no Pará até o ano de 2036.

O governador se posicionou em defesa dos interesses da Amazônia durante um seminário virtual promovido pelo jornal Folha de São Paulo, para debater os desafios do Governo Lula para o meio ambiente, em especial o clima. Helder Barbalho respondeu a perguntas de internautas e dos demais participantes do seminário.

Isso, após apresentar de forma objetiva iniciativas do Governo do Pará, como os planos estaduais “Amazônia Agora” e de Bioeconomia – este inédito no Brasil. “São propostas que incentivam a transição do uso do solo, o restauro de áreas antropizadas (já alteradas pelo homem) e a concessão de áreas de floresta, com apoio da Ciência, Tecnologia & Inovação, para que um novo modelo econômico verde possa ser consolidado e agregado às demais vocações históricas do Estado, como agricultura, pecuária e mineração”, detalhou o governador.

Ele informou ainda que diversas audiências públicas e conversas com o setor produtivo e povos tradicionais fizeram parte dessas elaborações. “É um grande desafio do Pará e do Brasil”, enfatizou. Helder Barbalho disse que se o Pará ainda é o maior emissor de CO2, respondendo por 34% das emissões do País, ao mesmo tempo é a unidade da Federação que mais registrou redução nas emissões nos últimos anos, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Só na comparação entre abril deste ano e abril do ano passado, a queda chega a 71%. “Controle e comando são decisivos, mas não é tudo. Por isso, criamos territórios sustentáveis nas áreas que mais emitem CO2 para experimentar o modelo que passa pela saturação da presença do Estado com regularização fundiária, assistência técnica, introdução e estímulo à cultura e cultivo do cacau e do açaí, que regeneram áreas”, informou Helder Barbalho.

Foto: Facebook Helder