Pandora Papers expõe “podres” de políticos e celebridades, que inclui o ministro Paulo Guedes

Foto: Fotos Públicas/IMF/Daro Sulakauri

O primeiro final de semana do mês de outubro chega trazendo grandes revelações no cenário político mundial. Com a recente notícia de que o ministro da Economia do governo Bolsonaro, Paulo Guedes, foi exposto por ter criado uma empresa em paraíso fiscal para blindar a fortuna que tem no território brasileiro.

Guedes é citado nos grandes documentos secretos do “Pandora Papers”, a maior investigação jornalística que se estendeu ao longo de 2020 e 2021 e que começa a ser publicada a partir deste domingo (3). O “P.P.” mostra como a máquina de dinheiro das offshores (organização que tem transações realizadas em país estrangeiro, sujeitas a um regime extraterritorial) opera em todos os cantos do mundo, em especial nas capitais financeiras.

A investigação revela os proprietários ocultos dessas empresas, além de contas bancárias anônimas, jatos particulares, iates, mansões e obras de Picasso, Banksy e outros grandes artistas. Entre as pessoas associadas pelos documentos, estão até a cantora Shakira, a supermodelo Claudia Schiffer, o mafioso italiano Lell Gordo e o presidente do Equador, Guillermo Lasso.

Também são detalhadas atividades financeiras do “ministro extraoficial de propaganda” do presidente russo, Vladimir Putin, e de mais de 130 bilionários da Russa, Índia, Estados Unidos, México e outros países.

Toda a investigação foi baseada em documentos que revelaram os segredos financeiros de 35 atuais e ex-líderes mundiais e mais de 300 ocupantes de cargos públicos em mais de 90 países e territórios. A coordenação é do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, na sigla em inglês), composto por 600 jornalistas em 117 países. Toda essa equipe vai contar histórias sobre esses políticos e um elenco global de foragidos, estelionatários e homicidas.

Por DOL, com informações com Metrópoles