Foto: Reprodução/TV Globo
Por Caio Maia e Gil Sóter, G1 Pará
O Ministério Público Federal (MPF) informou nesta segunda-feira (26) que abriu investigação inicial para apurar a construção da ponte irregular na Floresta Nacional do Jamanxim, sobre o rio de mesmo nome, no sudoeste do Pará. A ponte seria usada para escoar madeira extraída de forma ilegal da área de proteção ambiental. O governo do estado disse que não autorizou essa obra e que vai enviar equipe para fazer vistoria no local.
A imagem foi mostrada em reportagem exibida pelo Fantástico, no domingo (25), durante sobrevoo na área para flagrar pontos de desmatamento na Amazônia. O rio Jamanxim passa pela Floresta Nacional do Jamanxim, a mais desmatada do Brasil, segundo os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
De acordo com o MPF, foram pedidos esclarecimentos ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) sobre o assunto. O MPF quer saber quais providências o órgão tomou após a denúncia dos moradores. No entanto, o Ibama ainda não respondeu a solicitação. O G1 também entrou em contato com o instituto e aguarda posicionamento.
Além disso, o MPF informou que participou de reunião junto à Marinha, que registrou um auto de infração contra a obra por considerar que a construção pode inviabilizar a navegação no local. Ainda de acordo com o MPF, a Marinha também informou que considera irregular a construção da ponte porque não foram apresentadas as documentações corretas. Por conta disso, o MPF disse que a Marinha solicitou à Prefeitura de Itaituba o embargo da obra. O G1 entrou em contato com a Marinha e a Prefeitura e aguarda retorno.