Foto: Câmara dos Deputados/Divulgação
Por VEJA.com
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, comemorou, na noite deste domingo, 1º, o fim do motim de policiais militares do Ceará. A paralisação durou 13 dias e acabou após os oficiais aceitaram a proposta feita pela comissão especial formada pela Assembleia Legislativa, Ministério Público, Tribunal de Justiça e a OAB do Estado.
“Recebo com satisfação a notícia sobre o fim da greve dos policiais no Ceará. O governo federal esteve presente, desde o início, e fez tudo o que era possível dentro dos limites legais e do respeito à autonomia do Estado. Prevaleceu o bom senso, sem radicalismos. Parabéns a todos”, escreveu Moro no Twitter.
Como ação direta, o presidente Jair Bolsonaro decretou no dia 20 de fevereiro a operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para que militares das Forças Armadas garantissem a segurança no Ceará. Os militares deviam ficar no estado até a próxima sexta-feira.
A proposta aceita pelos policiais para que o motim fosse encerrado garante que eles terão apoio a um processo legal sem perseguição, com amplo direito a defesa e contraditório e o apoio de instituições como a OAB, a Defensoria Pública e o Exército. O governo também não poderá transferir policiais para o interior nos próximos dois meses. Também há um acordo para revisão dos salários do grupo.
Até a última até terça-feira 25, cerca de 200 pessoas foram assassinadas desde que o motim foi iniciado. A Secretaria de Segurança Pública deixou de divulgar os números por causa da repercussão negativa. Entre os manifestantes, já são 230 militares que respondem processos administrativos e estão afastados dos cargos por 120 dias.
O acordo entre o grupo do governo e os líderes do motim prevê que os policiais militares retomem seus postos já nesta segunda-feira 2.