Home BACANA NEWS Mais um capítulo infindável da novela Aterro Sanitário de Marituba

Mais um capítulo infindável da novela Aterro Sanitário de Marituba

Mais um capítulo infindável da novela Aterro Sanitário de Marituba

Técnicos da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade e da Universidade Federal do Pará apresentaram nesta quinta-feira (1º), durante uma audiência pública, o resultado da análise feita no plano emergencial para tratamento do chorume do aterro sanitário de Marituba.
As empresas responsáveis pelo local haviam entregue três propostas. Duas delas sugeriam que os resíduos fossem levados para empresas especializadas que fariam o tratamento. A outra proposta previa o tratamento do lixo no próprio aterro. Mas o Ministério Público cobrou mais informações e um plano mais detalhado deverá ser entregue até o dia 16 deste mês.
Também ficou marcada para o dia 13 de março uma nova reunião para discutir o assunto.
Na deliberação da reunião, Vega, Solvi, Guamá e Revita se comprometeram a entregar, detalhadamente, o plano emergencial para tratamento do passivo de chorume e emissão de gases e odores, demostrando de forma objetiva qual a finalidade a ser alcançada, todas a ações a serem executadas de forma detalhada, cronograma físico/orçamentário do que será realizado, responsáveis técnicos por cada ação a ser executada, as medidas de controle para cada ação, os riscos previstos e os planos de contingência para saná-los. Tudo deverá ser entregue ao Ministério Público.
A Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp) apresentará proposta de acompanhamento das atividades executadas no aterro durante o plano emergencial abrangendo de forma específica o estudo do passivo relacionado ao chorume e ao odor/emissão de gases.
Além disso, a Fadesp terá de apresentar proposta de estudo de recebimento de carga de poluentes e proposta para elaboração do plano emergencial a ser utilizado como complemento ao plano apresentado pelas empresas. Em caso de inviabilidade do plano sugerido pelas empresas, o plano da Fadesp poderá ser adotado como plano emergencial, até o dia 23 de fevereiro.
A Semas analisará a proposta levada pelas empresas até o dia 2 de março. Ficou designado ainda que, na manhã do dia 13 de março haverá uma nova reunião para definir o que será adotado.

Quanto às máquinas de osmose, utilizadas no tratamento, a empresa irá apresentar até o dia 5 de fevereiro os orçamentos e especificações referentes às máquinas para análise de preços.
“A gente espera que até o dia 2 já esteja tudo solucionado, pelo menos a proposta definida e ficaremos só a guardando a avaliação da Semas para implementação”, disse a promotora de justiça do MPPA Marcela Melo.
O professor da Faculdade de Engenharia Sanitária e Ambiental da UFPA Maison Mendonça questionou alguns pontos do plano. “O plano requer uma revisão na sua estrutura em vários aspectos. O que vai ser feito, por exemplo, se houver o rompimento de uma tubulação e derramamento do chorume?”.
Ele sugeriu ainda entre as melhorias reforçar a planta de osmose. “Precisa de outras unidades para dar suporte à operação. Há duas e serão inseridas outras”, esclarece.
O engenheiro ambiental da Semas Bruno Barbosa explica que o tratamento do chorume no próprio estado seria mais viável em linhas gerais, haja vista que o tratamento externo
demanda muito dinheiro e se tem R$ 17 milhões em caixa.

G1