A cantora paraense, Karen Laíse da Silva Tavares, morreu deixando luto na música estadual. A artista que também era servidora pública municipal na Secretaria de Saúde de Belém, foi recentemente diagnosticada com Leucemia. Na Sesma, junto com sua equipe, implantou os programas Melhor em Casa, serviço de assistência domiciliar.
Também a Oxigenoterapia Domiciliar, programas reconhecidos na rede de saúde, pela sua efetividade no cuidado aos pacientes. Atualmente, Karen fazia parte do núcleo de promoção à Saúde, do qual era coordenadora de humanização.
Atuava na rede inteira, implantando câmaras técnicas de humanização, organizando a política de saúde no município, para que todos os trabalhadores e usuários fossem acolhidos com dignidade. Karen Tavares compôs, também, o grupo de trabalho de construção da política municipal de saúde da população LgbTi+.
Foi uma servidora importante na criação no núcleo de arte e saúde da Sesma, além de representar a secretaria junto à ONU Mulheres, em um projeto que desenvolve a política municipal do cuidado. Esteve à frente da formação de Educadores Populares em Saúde, onde atuou na implantação dessa política municipal.
Criou ainda o coral Vozes Cintilantes, na Casa Rua, onde ensinava canto para mulheres em situação de rua. Karen também foi muito presente na cena artística e cultural de Belém. Foi uma grande intérprete e compositora. Iniciou a carreira no início dos anos 2000, cantando sambas.
Ao longo de sua trajetória artística passou por repertórios diversificados, participou de diversos festivais, que a colocaram em contato com muitos compositores paraenses. Mais recentemente passou a construir um trabalho autoral.
Em 2021, lançou “Mandou Chamar”, produzido pela Lei Aldir Blanc, de 2020, e premiado este ano como Melhor Álbum, na primeira edição do Prêmio Amazônia de Música, realizado no início de junho, no Theatro da Paz.
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