Juros na Argentina é elevado a 97% ao ano e país lança pacote de medidas para conter a inflação

O ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, lançou um pacote de medidas para tentar conter a alta dos preços. O ministro ficou surpreso com uma inflação de 8,4% em abril, marca que ficou acima das expectativas do Banco Central da Argentina e do próprio governo.

Algumas dessas medidas podem ser consideradas extremas, considerando a política econômica que a Casa Rosada exibia desde a chegada ao poder de Alberto Fernández e Cristina Kirchner. Entre os pontos mais importantes do pacote, antecipados pelo LA NACIÓN estão uma expressiva elevação da taxa de juros.

Esta que será complementada por uma maior intervenção do Banco Central no mercado de câmbio para evitar a desvalorização gradual do peso. As discussões com o Fundo Monetário Internacional (FMI) serão aceleradas, assim como as negociações com a China, para uso do yuan (a moeda chinesa) nas transações comerciais.

E também com os demais países do chamado BRICs, grupo de países emergentes, que inclui o Brasil, para facilitar a troca de moedas. Massa viajará para Pequim no próximo dia 29 e espera trazer algo concreto na volta. Das três medidas, a mais ambiciosa e arriscada é a subida da taxa de juro pré-fixada.

Foi sobre este ponto que ocorreram as maiores discussões na reunião realizada ontem no ministério da Economia. A ala mais ortodoxa da pasta sugeriu elevar os juros a um patamar em trono de 110% ao ano. Estabeleceu-se, entretanto, que o juro ficará em 97% ao ano, seis pontos acima da taxa atual. A inflação em 12 meses, está em 108,8%.

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