Foto: Jorge William / Agência O Globo
Por O Globo
BRASÍLIA — Durante uma reunião do presidente Jair Bolsonaro com governadores da Amazônia Legal , o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno , criticou o presidente da França, Emmanuel Macron , classificando a atitude dele como “molecagem” e afirmando que a a França não pode dar lições porque suas ex-colônias vivem em situação de miséria. Logo em seguida, o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), disse que eles estavam “perdendo muito tempo com o Macron” e que era preciso focar nos problemas do Brasil.
Essa posição colonialista do Macron, além de ser lamentável, tem um passado triste. 90% das colônias francesas vivem em situação lamentável — disse, acrescentando depois: — A França não pode dar lição para ninguém nesse aspecto. Eu vivi o problema no Haiti. O Haiti é colônia francesa, uma delas. Tem um monte Onde eles passaram, deixaram rastro de destruição, de confusão, de miséria. Não podem dar esse tipo de conselho a ninguém. Isso é molecagem.
Helder Barbalho pediu a palavra e, sem se dirigir diretamente a Heleno, e afirmou que é preciso “cuidar do nosso país e tocar a vida”, sem dar “muita importância” para os comentários de Macron.
— Acho que todos aqui estamos o único intuito de encontrar soluções e dividir responsabilidades. Primeiro, acho que estamos perdendo muito tempo com o Macron. Temos que cuidar do nosso país e tocar a vida. Acho que estamos dando muita importância para esse tipo de comentário, não desprezando a importância econômica que a França possa ter. Mas acho que temos que cuidar dos nossos problemas e sinalizar para o mundo a diplomacia ambiental, que é fundamental para o agronegócio.
Bolsonaro também citou diretamente Macron, afirmando que o seu problema não é com os países do G7, mas apenas contra “um presidente do G7”:
— Nós não temos nada contra o G7, muito pelo contrário, temos contra um presidente do G7, que nós sabemos o que ele está reverberando e qual a sua intenção.