Gebran Neto levou uma hora para negar todos os argumentos da defesa do petista que pediam nulidade processual no caso triplex e diz que tese de defesa de Lula de perseguição política ‘não é nova’.
Um a um, o desembargador foi derrubando as teses levantadas pela defesa de Lula, que questionou a competência da 13.ª Vara Federal, de Curitiba, para julgar o caso, a suspeição de Moro, apontou cerceamento de defesa, falta de provas no processo, entre outros.
A defesa de Lula afirma que os co-réus de Lula eram delatores e, portanto seu depoimento deveria ser tratado como tal. O relator questiona, lembrando que nenhum deles realizou acordo de delação e suas declarações devem ser assim consideradas.
“Em muitas ocasiões foi a própria defesa que interrogou o réu, que não se dispôs a responder”
Para o desembargador, conforme já ficou comprovado também em outros processos já julgados, havia sido criado um cartel dentro da Petrobras para cometer diversos crimes.
“Não se exige participação ativa de Lula nos contratos investigados”, afirma Gebran, falando sobre o poder do presidente para indicar pessoas para cargos-chave da Petrobras.
Pacientemente, Gebran Neto discute até as observações menos relevantes feitas pela defesa do ex presidente, como reclamações de que as câmeras de gravação de audiência no primeiro grau deveriam estar apontadas não para os réus, mas para outras pessoas presentes como, por exemplo, os membros do Ministério Público.
Os advogados de Lula queriam posicionar uma câmera voltada ao juiz Moro: “O magistrado não é réu”, afirmou o relator.
Até o momento, a palavra segue com João Pedro Gebran Neto.