
Além dos macronutrientes (gordura, proteína e hidratos de carbono) e micronutrientes (água, vitaminas, antioxidantes, minerais, fibra, etc.) existem os antinutrientes. São compostos produzidos pelas plantas como parte de uma estratégia de defesa e invariavelmente nosso intestino não comporta bem a digestão! Os antinutrientes também têm a capacidade de se ligarem aos nutrientes, bloqueando a abosorção dos mesmos. Assim, surgem problemas gástricos, dispepsia, e a mãe de todas as doenças – inflamação. Sintomas como dores de cabeça, menor desempenho cerebral, dores nas articulações e doença autoimune são comuns.
Posto isto, você lembra como as nossas avós cozinhavam feijão? Elas costumavam deixar os grãos de molho na água, prática comumente conhecida como “remolho”. Com o passar dos anos, e a introdução das panelas de pressão, redução do tempo disponível para cozinhar, a prática não é mais tão comum assim. Mas, de acordo com especialistas existe um consenso de que o remolho é benéfico, cito o artigo “Técnicas recomendadas para pré-preparo de feijão: remolho e descarte de água”, publicado em 2011, no qual, revisou artigos que tratam da influência do remolho na qualidade nutricional de feijões comuns cozidos com ou sem a água de remolho. Nos estudos que avaliaram fitatos, por exemplo, percebeu-se que a maior redução de ácido fítico ocorreu nas amostras que passaram por remolho e foram cozidas posteriormente sem a água do remolho e que a redução de alguns componentes antinutricionais, pode ajudar a facilitar a absorção de determinados nutrientes do grão, sobretudo minerais e proteínas. A grosso modo, é como se esses antinutrientes sequestrassem os minerais e as proteínas, tornando-os não disponíveis para o nosso processo digestivo. Então, meio que super vale a pena fazer o remolho rsr! Conselho de nutri!