Foto: Cadu Rolim/Fotoarena
Por Janaína Ribeiro, EXAME
A hidroxicloroquina foi apresentada pelo presidente Donald Trump e outras figuras públicas como uma defesa contra o coronavírus. Mas uma mulher de Wisconsin, nos EUA, diz que toma o medicamento há quase duas décadas e ainda foi diagnosticada com a covid-19, segundo publicou o Business Insider.
A mulher, identificada apenas como Kim, disse que toma hidroxicloroquina há 19 anos para tratar surtos causados pelo lúpus, uma doença auto-imune. Em março, ela começou a se colocar em quarentena devido a pandemia do coronavírus, informou.
Mas em abril, Kim começou a sentir sintomas como fadiga, tosse e febre. Ao procurar uma clínica para atendimento de urgência, foram feitos testes para verificar se ela teria contraído a covid-19, o que se confirmou posteriormente.
Kim, que vive em Oconomowoc, diz que ficou internada por sete dias e ainda usa oxigênio externo em casa.
“Quando eles deram o diagnóstico, eu senti que era uma sentença de morte. Eu pensava: ‘vou morrer’”, disse. “Cheguei a achar contraditório: como posso ficar doente? Como? Estou tomando hidroxicloroquina. Porém, os médicos diziam: ‘Bem, ninguém nunca disse que isso era a cura’”.
O presidente Trump começou a promover a hidroxicloroquina em meados de março, quando anunciou em uma coletiva de imprensa que o medicamento seria disponibilizado “quase imediatamente” para tratar o novo coronavírus.
Na última segunda-feira, 18, Trump disse que estava tomando hidroxicloroquina diariamente “há semanas” para se prevenir de uma possível contaminação pelo novo coronavírus.
A hidroxicloroquina, que geralmente é prescrita para tratar a malária e doenças auto-imunes como lúpus e artrite reumatóide, não se mostrou segura ou eficaz no tratamento da covid-19, de acordo com o FDA (Food and Drug Administration).