Entenda o motivo da Disney investir em live-action ultimamente

Segundo o Box Office Mojo, a Pequena Sereia, que chegou às telas em março, arrecadou US$ 185,8 milhões (R$ 929,6 milhões) globalmente no fim de semana de estreia. Isso repetiu o sucesso da primeira versão cinematográfica da história, lançada em 1989 pela Disney como um desenho animado. A nova versão da narrativa, publicada pelo dinamarquês Hans Christian Andersen em 1837, com pessoas e não desenhos, não é uma exceção para a Disney.

Desde 1994, com O Livro da Selva, remake de Mogli, o Menino Lobo (1967), vêm sendo produzidos remakes com atores reais, os chamados “live-actions” de alguns de seus principais clássicos em desenho animado. A empresa só começaria a explorar esse filão no ano 2000, com o lançamento de 101 Dálmatas.

Desde então, clássicos como O Rei Leão, Aladin, Cinderela e Malévola chegaram aos cinemas sendo estrelados por atores de carne e osso. E os lançamentos ocorrem uma vez por ano desde 2014. A expectativa dos profissionais do mercado é que a live-action de A Pequena Sereia tenha um impacto equivalente ao da animação de 1989.

Ele recebeu uma aprovação de 70% no site de agregação de críticas Rotten Tomatoes. Essa recepção positiva reforça a esperança de que o filme possa dar início a uma nova sequência de sucessos nesse gênero. O desenho foi um marco na história da Disney e iniciou uma fase chamada de “Renascimento” da empresa.

Foi um momento de retorno do sucesso e da criatividade após um período de filmes que fizeram pouco sucesso. Essa fase, chamada de “Era Sombria”, começou em 1966, com a morte do fundador, Walt Disney. Os filmes abandonaram as tradicionais canções e se focaram em histórias de aventuras, com bilheterias fracas. O melhor exemplo é O Caldeirão Mágico (1985), que faturou apenas US$ 60,1 milhões em valores de 2023.

Foto: Disney