Novos estudos indicam que a riqueza patrimonial da cidade de Monte Alegre, no oeste paraense, é muito maior. Acontece que lá abriga um rico patrimônio da pré-história amazônica no Parque Estadual Monte Alegre (PEMA).
Ali estão abrigados sítios arqueológicos com registros de pinturas rupestres que datam de aproximadamente 12 mil anos, cuja importância foi decisiva para a escolha em 2022 do Parque Monte Alegre como monumento mundial de valor inestimável pela World Monuments Fund (WMF).
Especialistas em Arqueologia na Amazônia desenvolvem pesquisas ao redor desse parque, que resultaram na descoberta de novos tesouros do passado amazônico. Até agora, 14 novos sítios arqueológicos foram identificados.
Estão em propriedades privadas na região do Cauçu, onde a preservação da arte rupestre se vê ameaçada pelo avanço de processos antrópicos, como as queimadas. O registro dos novos sítios arqueológicos é resultado de projetos coordenados pela pesquisadora do Museu Paraense Emílio Goeldi, Edithe da Silva Pereira.
Ela teve o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e de um financiamento proveniente de Marcela Pereira Soares, artista plástica e empresária mineira – trata-se da primeira iniciativa de financiamento de pesquisa científica feita por um mecenas na Amazônia.
Foto: pesquisadora Edithe Pereira