Uma operação que investiga servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) por suspeita de falsificar documentos para transferir terras públicas da União na Floresta Amazônica a particulares, foi deflagrada pela Polícia Federal. A ‘operação Balcão de Negócios’ cumpriu cinco mandados de busca e apreensão em Itaituba, sudoeste do Pará.
Teve entre os alvos um corretor de imóveis e dois servidores do Incra suspeitos da fraude. Um dos “servidores investigados chegou a oferecer, espontaneamente, os serviços ilícitos aos policiais que atuavam de forma velada” durante as investigações.
Há suspeita é que as fraudes ocorriam há anos e na própria sede do Incra de Itaituba. “Um corretor imobiliário, filho de um ex-titular do cartório de registro de imóveis na cidade, seria o elo entre os particulares interessados e os servidores que fraudariam a documentação”, afirmou a PF. O Incra já tinha procedimento Administrativos Disciplinares contra os servidores investigados.
“As investigações tiveram início após funcionários de um cartório de registros de imóveis local suspeitarem das assinaturas e da formatação de documentos do Incra durante uma tentativa de transferência de imóvel público para terceiros. O cartório oficiou ao Incra, que confirmou a falsificação dos documentos”, informou a PF.
Os mandados são cumpridos por policiai federais de Santarém e foram expedidos pela Justiça Federal em Itaituba. “O nome da operação faz alusão à utilização, pelos sevidores, da sede do órgão como verdadeiro balcão de negócios ilícitos”, informou a PF. As investigações seguem em andamento.
Não foi informado o quantitativo de terras públicas que podem ter sido transferidas de forma fraudulenta a particulares.
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