Em Belém, Ministra Anielle Franco lança programa que garante mulheres negras e indígenas na ciência

O Atlânticas: programa Beatriz Nascimento de mulheres na ciência, foi lançado pela ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, em Belém. O evento foi realizado no Centro de Eventos Benedito Nunes da Universidade Federal do Pará (UFPA). O programa disponibiliza bolsas de estudo de doutorado e pós-doutorado no exterior.

O público é de mulheres negras, indígenas, quilombolas e ciganas, para fortalecer e estimular suas trajetórias acadêmicas. A nova política afirmativa é uma parceria entre o Ministério da Igualdade Racial (MIR), o Ministério dos Povos Indígenas (MPI), o Ministério das Mulheres (Mulheres) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

A Prefeitura de Belém foi representada pela titular da Coordenadoria Antirracista, Elza Rodrigues. Para representar o compromisso assumido, um Protocolo de Intenção foi assinado pela ministra Anielle Franco, pelo diretor do Departamento de Línguas e Memórias do MPI, Eliel Benite, e pelo diretor científico do CNPq. 

O evento reuniu autoridades políticas e acadêmicas, lideranças de movimentos sociais e comunidade acadêmica da UFPA, que acompanharam o pontapé inicial desta nova política afirmativa. Durante o lançamento, a ministra destacou a importância da parceria entre o Governo Federal e a Prefeitura de Belém. 

“Toda e qualquer Prefeitura, hoje, neste país, tem que estar em parceria com o Governo Federal, acho que é importante começar por aí, porque a gente sabe que as políticas públicas precisam chegar na base”, pontuou Anielle. Ela também ressaltou a importância de políticas voltadas às mulheres no âmbito da educação. 

“Nós, mulheres negras, precisamos estar em todos os espaços de decisão. Várias vezes o sistema diz que não é pra gente, mas a gente tem exemplos de mulheres como a professora Zélia (Amador), e tantas outras, que abriram caminho pra nós”, enfatizou a ministra.

Foto: Marcos Barbosa