Foto: Reprodução
Por DOL
O polêmico pênalti marcado pelo árbitro Leandro Pedro Vuaden, aos 49 minutos do segundo tempo, que resultou na eliminação do Paysandu no jogo contra o Náutico, ganhou mais um capítulo: o juiz de futebol ganhou o título de “persona non grata” pela Câmara Municipal de Belém. De acordo com o autor do requerimento, o vereador Toré Lima (PRB), o ato é uma “demonstração da insatisfação do povo paraense”.
De acordo com Toré Lima, em entrevista ao DOL, o requerimento para o título de “persona non grata” foi algo “inédito” na carreira legislativa dele, mas foi, igualmente, algo necessário para responder à altura do episódio.
“Em três anos como vereador, eu nunca havia apresentado um requerimento dessa natureza. Mas tive que o fazer por causa da revolta dos torcedores e da população paraense em geral. Foi uma ‘roubalheira’ muito grande”, disse o vereador.
Segundo o legislador paraense, o título é, acima de tudo, uma “demonstração de insatisfação” da população. “Dar esse título, é dizer para a pessoa: você não é bem vindo na nossa casa”, comenta Toré.
E, de acordo com o político, atos de indignação não devem se limitar ao acontecimento do Paysandu ou ao campo esportivo. “A gente não pode se acomodar quando vê nossos direitos sendo usurpados. Hoje, estamos juntos com a diretoria do Paysandu. Amanhã, pode ser outro esporte ou outro segmento social. Precisamos estar juntos do povo para quando precisarmos gritar e dizer que algo está errado e que não será aceito”, conclui o vereador.
Repercussão internacional
O título de “persona non grata” dado pela Câmara Municipal de Belém foi repercutido amplamente pela mídia nacional e mesmo internacional. O famoso jornal argentino “Olé!”, por exemplo, publicou uma matéria sobre o fato com o título “Um árbitro ‘non grato’ em Brasil”.
O artigo também enfatiza (em negrito) que o Paysandu foi “aquele time” que enfrentou o Boca na Libertadores de 2003, mas que agora “perambula pela Série C de seu país”.