Home BACANA NEWS ‘Dispararei meu míssil nuclear’, diz deputado do PSL ameaçado de expulsão

‘Dispararei meu míssil nuclear’, diz deputado do PSL ameaçado de expulsão

‘Dispararei meu míssil nuclear’, diz deputado do PSL ameaçado de expulsão

Foto: Reprodução/Câmara dos Deputados

Por André Siqueira, VEJA.com

O deputado federal Bibo Nunes (RS) está com os dias contados no PSL. O partido deve expulsar, nos próximos dias, parlamentares considerados infiéis, e que se voltaram contra Luciano Bivar (PE), deputado federal e presidente nacional da sigla. Nunes, no entanto, diz ser “uma honra ser expulso de um partido que tem uma caixa preta a ser aberta, e que não tem transparência”.

Ferrenho opositor de Bivar, Bibo Nunes afirma que a gestão do presidente do PSL é “coronelista”. Ele diz, ainda, que “já perdeu tudo” no partido. “Me tiraram das comissões, da vice-liderança do PSL, me expulsaram até de grupo de WhatsApp. Minha filha era presidente estadual [do PSL] da Juventude no Rio Grande do Sul, tiraram também. Todas as retaliações eu já sofri. Então, essa expulsão para mim é uma honra, uma placa de ouro”, disse a VEJA o deputado.

A falta de transparência na prestação de contas e a tomada de decisões tidas como autoritárias são dois dos fatores que explicam a insatisfação de Bibo Nunes com o partido. “Há dois meses, o partido fez um novo estatuto sem consultar ninguém. Tenho várias coisas contra e, sendo expulso, dispararei meu míssil nuclear. Agora, o jogo vai ser muito pesado. O PSL de Bivar é simplesmente contra tudo o que prega Bolsonaro e nossa turma de deputados”, disse.

Bibo Nunes disse, ainda, que não foi convidado por nenhum partido, e que ficará “independente” à espera do presidente Jair Bolsonaro. “Sendo expulso, ficarei independente, esperando a decisão do presidente Bolsonaro e dos meus colegas. Irei para o partido junto com todos”.

Como VEJA revelou, Bolsonaro decidiu deixar o PSL, e aliados próximos já foram avisados de sua decisão. O que segura o presidente no partido é a busca por uma solução jurídica para que os parlamentares que pretendem acompanhá-lo não percam seus mandatos por infidelidade partidária. Ao seu estilo, o presidente tem afirmado que não quer “abandonar seus soldados”.