Foto: Divulgação/Santos FC
A defesa do ex-jogador Robinho pretende recorrer da decisão do ministro do Supremo Tribunal de Justiça Francisco Falcão. Em nota para a Band nesta terça-feira (21), os advogados do ex-atleta consideram “imprescindíveis os documentos” traduzidos do italiano do processo de estupro contra Robinho.
Em decisão publicada também nesta terça, a defesa do ex-jogador Robinho terá 15 dias para contestar o pedido de homologação da sentença que condena o ex-atleta a nove anos de prisão pelo crime de estupro na Itália.
A decisão também nega o pedido da defesa para que o governo italiano forneça a cópia integral traduzida do processo. O ministro determinou o prazo de 15 dias e também admitiu no processo que a União Brasileira de Mulheres participe do caso, limitada ao acompanhamento, apresentação de memoriais e sustentação oral no julgamento que ocorrerá na Corte Especial.
Pedido da defesa poderia atrasar prisão
O pedido da cópia do processo, na prática, pode atrasar ainda mais a definição sobre uma possível prisão. No pedido, o advogado de Robinho, José Eduardo Alckmin, solicitou uma cópia completa e traduzida do processo. A defesa alegou que precisa saber quais são as acusações para defender o atacante.
Detalhe: a sentença da Justiça italiana que condenou Robinho já passou por vários recursos e não pode ser modificada. A cópia completa e traduzida pode levar em média noventa dias para ser apresentada de forma oficial, pois de acordo com a lei, tem de ser feita por um tradutor juramentado.
Todo esse processo fará com que a defesa de Robinho ganhasse tempo e o mantivesse em liberdade até uma definição da Justiça brasileira.
Relembre o caso
Em 2017, a Justiça italiana condenou Robinho a nove anos de prisão por estupro coletivo de uma jovem albanesa de 22 anos, crime cometido em 2013. Na época, o ex-jogador atuava pelo Milan. Em janeiro do ano passado o processo transitou em julgado, não sendo mais possível nenhum recurso.