A Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA) e o Centro das Indústrias do Pará (CIP) realizou um encontro que reuniu técnicos, empresários, acadêmicos e entidades do setor produtivo no Auditório Albano Franco da FIEPA, em Belém, para discutir as oportunidades e os desafios da exploração de óleo e gás na Margem Equatorial brasileira.
O encontro acontece em meio à polêmica suscitada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) que, na última semana, se posicionou contra a liberação da licença solicitada pela Petrobras para o início das perfurações na Foz do Amazonas, exigindo a realização de uma Avaliação Pré-Operacional (APO), procedimento que simula o atendimento em casos de emergência na região.
A possibilidade do indeferimento da licença causou preocupação em diversos setores do Estado, uma vez que o impasse deve atrasar o início das perfurações e das operações na região. O vice-presidente executivo da FIEPA, José Maria Mendonça, avalia que a exploração de óleo e gás é tecnicamente viável, seguro e representa uma oportunidade para que o Estado do Pará e a região Norte consigam desenvolver sua economia e garantir mais qualidade de vida para a população.
“Nós somos completamente favoráveis a esse projeto e queremos que ele seja feito com toda segurança possível e isso a Petrobras com certeza pode garantir, porque é uma empresa que tem ampla experiência na exploração em águas profundas e ultraprofundas”, disse.
“Hoje, cinco dos piores Índices de Desenvolvimento Humano Municipal do Brasil estão no Marajó, área de abrangência do projeto e que será beneficiado pela exploração de óleo e gás, então entendemos que este é um projeto urgente para este Estado que é rico, mas com uma população pobre. Então é uma questão de civilidade, de respeito com a população do Pará e da Amazônia”, afirmou Mendonça.
Alex Carvalho, vice-presidente da FIEPA, afirma que as experiências de outros estados corroboram para que o projeto seja implementado com sucesso no Pará. “Podemos observar que a exploração de petróleo apresentou grandes benefícios em outras regiões, impulsionando a geração de empregos e transformando os municípios em que está presente”, disse.
“Por entendermos que se trata de uma atividade de altíssimo grau de competência no que tange a sustentabilidade ambiental, e com um grande potencial transformador, é que estamos aqui hoje. Nosso objetivo é discutir cientificamente, para termos mais segurança e para que possamos desmistificar certas narrativas que tentam nos impedir de vivenciar essa oportunidade que está diante de nós e que vai transformar e melhorar a vida da população amazônida que poderá, enfim, usufruir da riqueza existente em nosso Estado”, ponderou o vice-presidente da FIEPA.
Por Fiepa
Foto: Fiepa