Estudo divulgado pela estatal Pré-Sal Petróleo (PPSA) projeta que a produção diária de petróleo da União dará um salto de 11 vezes nos próximos 10 anos e alcançará o pico em 2029, quando atingirá o 564 mil barris por dia (bpd), frente aos 51 mil barris diários atuais.
O trabalho contempla projeções até 2033 para os contratos de partilha e para as jazidas compartilhadas de Mero, Atapu e Tupi. De acordo com a presidente interina da PPSA, Tabita Loureiro, apenas a venda da parcela de petróleo e de gás natural da União resultará numa arrecadação de R$ 466 bilhões nos próximos dez anos.
Neste período, os contratos resultarão numa receita total de R$ 1,15 trilhão aos cofres públicos, considerando a venda, o pagamento de royalties (R$ 373 bilhões) e os tributos recolhidos pelas empresas produtoras (R$ 315 bilhões).
A parcela de gás natural diária da União saltará dos 112 mil m³/dia (setembro de 2023) para 1,8 milhão m³/dia em 2027, mantendo uma média de 3 milhões m³/dia pelos próximos seis anos. O pico será alcançado em 2029, com 3,5 milhões m³/dia. O estudo projeta ainda a produção média diária total dos contratos.
No petróleo, é esperado um salto de quase 150%, com a produção saindo dos atuais 921 mil barris por dia (bpd) para 2,3 milhões de bpd, em 2029, quando ela atingirá o pico.
Nos anos seguintes, se não houver novos contratos, a produção entrará em declínio gradualmente. De 2023 a 2032, os contratos acumularão um total de 6,5 bilhões de barris produzidos, dos quais 1,3 bilhão pertencerão à União (20%).
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil