Conheça Cristiano Zanin, indicado por Lula ao STF

O nome escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o cardo de ministro no Supremo Tribunal Federal (STF), nos três mandatos do petista como presidente, foi o advogado Cristiano Zanin de 47 anos. Apesar da indicação não ser nenhuma surpresa, demorou quase dois meses para que Lula divulgasse oficialmente sua decisão.

No momento, a corte está com uma cadeira vaga desde o dia 11 de abril, quando Ricardo Lewandowski se aposentou. Cristiano Zanin Martins nasceu em Piracicaba, interior de São Paulo, em 1975. Quase duas décadas depois, em 1994, mudou-se para a capital, onde cursou direito na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

Após se formar, em 1999, o advogado seguiu na universidade e se especialização em direito processual civil. Além disso, foi professor de direito civil e direito processual na Faculdade Autônoma de Direito (Fadisp). Ele trabalhou em escritórios tradicionais da cidade, como o Arruda Alvim e Teixeira Martins Advogados, antes de abrir a própria empresa, em 2022, com a esposa, Valeska Martins.

A mulher é filha de seu ex-sócio Roberto Teixeira, que se filiou ao PT em 1982 e trabalhou como advogado de Lula desde então. Teixeira é amigo do presidente e atuou na ação que permitiu ao petista acrescentar o apelido Lula ao sobrenome da família. Em 2013, Zanin se tornou advogado de Lula e de sua família.

Dados do acervo do STF mostram que, dos 135 processos impetrados por Zanin no tribunal, 81 são dedicados à defesa do, hoje, presidente da República e sete à família do petista. Uma das primeiras ações que teve atuação de Zanin e ganhou repercussão na mídia foi a de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha.

“Meu cliente está cansado de ser vítima desse bullying eletrônico, feito com a manifesta intenção de atacar a sua honra”, disse Zanin à época, em 2013. Em 2016, Zanin passou a assumir os processos do próprio Lula, no âmbito da Operação Lava Jato. Lula foi investigado pela relação com empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção da Petrobras.

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil