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Comissões da ALEPA aprovam empréstimo de cem milhões de dólares para ações de combate ao coronavírus

Comissões da ALEPA aprovam empréstimo de cem milhões de dólares para ações de combate ao coronavírus

Foto: Divulgação

Com informações da ALEPA

As Comissões de Fiscalização Financeira e Orçamentária (CFFO) e de Constituição Justiça (CCJ), em reunião remota, conjunta e extraordinária, nesta terça-feira (05), aprovaram o pedido de autorização do Poder Executivo de empréstimo de U$ 100 milhões junto ao Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (Bird) para execução do “Projeto de Enfrentamento da Pandemia – Pará Contra o Coronavírus”.
A convite do presidente da CFFO, deputado Júnior Hage (PDT), representantes das Secretarias Estaduais da Fazenda (Sefa), Planejamento e Administração (Seplad) e Saúde (Sespa) participaram da reunião para detalhar e esclarecer pontos do projeto.
De acordo com o Governo do Estado, os recursos serão empregados em toda a rede hospitalar do Pará para atender casos suspeitos e confirmados de coronavírus. Também serão empregados em desenvolvimento de novas ferramentas de gestão para a vigilância epidemiológica, regulação de leitos, aperfeiçoamento de contatos com a população e comunicação social para integrar todas as regiões do Estado. Permitirá ainda a adoção de medidas para diminuir a taxa de mortalidade do Covid-19, amparar pacientes sintomáticos e assegurar o atendimento necessário aos que precisam recorrer ao sistema público de saúde, bem como proteger os profissionais de saúde que estão na linha de frente do combate à pandemia.
Uma nota técnica conjunta das Secretarias Estaduais da Fazenda (Sefa) e Planejamento e Administração (Seplad) acompanhou projeto, apresentando a estimativa do impacto orçamentário desse empréstimo para o Estado. De acordo com a nota, o Pará está entre os estados com boa capacidade de endividamento, contando com uma ampla margem para isso.
Em sua mensagem, o Poder Executivo expõe a situação crítica provocada pela pandemia e ressalta que “torna-se indispensável um financiamento externo à fonte do Tesouro Estadual, não só para fortalecer o sistema de saúde e oferecer uma pronta e imediata resposta à pandemia, bem como ser instrumento mitigador para esse desequilíbrio econômico e fiscal que se vislumbra”.
O deputado Eliel Faustino (DEM) questionou a flexibilidade do tratado, que permite ao Governo do Estado mudar a aplicação dos recursos dentro do cronograma as ações contra a pandemia e criticou que os recursos sejam gestados pelo estado e não pelos municípios. Ele também criticou que a operação fim e a operação meio do projeto tenham cada uma 50% dos recursos do mesmo. “Acho que 80 por cento seria para operação fim”.
Presidente da CJJ, deputado Iran Lima (MDB), que presidiu a reunião conjunta, explicou que há itens que podem ser mudados e a outros que não podem. Mas qualquer modificação tem que ser justificada tecnicamente e dentro da lei.
A secretária adjunta da Seplad, Renata Coelho explicou que é necessária essa flexibilidade em parte do projeto, uma vez que alguns municípios podem precisar mais que outros e a demanda pode mudar, conforme a situação da pandemia em cada um. “Não sabemos o tempo que vai durar a pandemia”. O próprio banco já disse que podemos pôr novos itens, conforme a necessidade, explicou. “É melhor deixar uma margem de contingência para algo novo, como a vacina”, enfatizou destacando que o texto da carta consulta está bem detalhado.
A diretora do Departamento de Administração e Serviço da Sespa, Cíntia Teixeira também reforçou a explicação ao deputado Eliel: “É um cronograma exemplificativo. Ele é norteador. Se futuramente tivermos que mudar a utilização dos recursos, poderemos se forem justificados tecnicamente”.
Segundo ela, atualmente, com recursos próprios do Estado, os municípios estão recebendo EPIs, medicamentos e todo o apoio da rede estadual, conforme vão aparecendo suas demandas e de acordo com o que já existe de suporte no Estado.
O deputado Victor Dias questionou se seria um bom negócio a taxa de juros a 0,85%, já que o valor real pode ser outro bem mais alto. Renata Coelho enfatizou que a taxa de 0,85 é atrativa, “mas vamos negociar pra baixar pra 0,65 de juros”.
O secretário da Fazenda Rene de Sousa explicou que “esse empréstimo é complementar no programa de combate ao coronavírus. Vamos gastar mais de um bilhão de reais nessa luta”. Enfatizou que uma das ferramentas mais caras e mais necessárias é o hospital de campanha.
O projeto foi aprovado para entrar em pauta nesta quarta-feira (6), no plenário virtual, quando também devem ser analisadas cinco emendas apresentadas pelo deputado Thiago Araújo (Cida)