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Colheita da juta em Alenquer deve chegar a 55 toneladas este ano

Colheita da juta em Alenquer deve chegar a 55 toneladas este ano

Foto: Ascom / EMATER

Com informações da EMATER

Famílias ribeirinhas de várias comunidades de Alenquer, no Baixo Amazonas, devem colher, até o final de março deste ano, mais de 55 toneladas de juta, cuja fibra serve como revestimento interno de automóveis e como substituto do gesso na construção civil. O trabalho no município começou em 2017, a partir de iniciativa da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), em parceria com sete comunidades locais.

O município de Alenquer é o único que produz sementes de juta no Brasil, com capacidade para exportação. A atividade com a fibra vegetal tem grande potencial lucrativo e de complemento de renda para as 38 famílias envolvidas no processo de plantio e colheita. Toda a produção é enviada para a Companhia Têxtil de Castanhal (CTC), cuja demanda é crescente. 

Com a alta procura do mercado, a Emater local trabalha para envolver mais comunidades e aumentar a área de plantio, como explica o técnico em Agropecuária Waldomiro Ferreira.

“Como o plantio de fibra na várzea se dá no período de vazão das águas dos rios, entre os meses de agosto e setembro, e no período de invasão das águas, dezembro, os agricultores conseguem trabalhar com duas safras por ano, por isso a Emater local realiza trabalho constante com as comunidades para que os jovens, por exemplo, possam estar inseridos neste processo” – Waldomiro Ferreira,  técnico em Agropecuária.

As áreas de plantio nas comunidades somam 19 hectares, sendo que a média de produção de cada um chega a 3.500 toneladas. As comunidades envolvidas são: Suribimiri de baixo, Suribimiri de cima, Subiaçu, Arapiri, Centro do Arapiri, Urucurituba e Salvação, esta última com previsão de colheita de 22 toneladas da juta. 

Cada imóvel possui cerca de 0,5 hectares de área plantada, com ciclo curto de três meses para colher, sendo que cada família recebe aproximadamente R$ 4 mil, o que totaliza R$ 154 mil no montante total. Na elaboração do projeto de resgate da cultura da juta, a Emater contou com a parceria da CTC da Prefeitura Municipal de Alenquer.

“A boa notícia é que esse resgate está sendo reconhecido. Vamos iniciar parceria com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e Banco do Brasil, que acompanhou o início da primeira colheita”, complementa Waldomiro. 

Planta – A juta é uma planta utilizada como matéria-prima na indústria de sacaria, sendo de grande importância nesse segmento. As fibras secas também são utilizadas em algumas indústrias moveleiras, que empregam tecidos feitos com a juta como revestimento rústico, entre outras aplicações.