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Centro comercial de Belém está abandonado

Centro comercial de Belém está abandonado

Foto: Octavio Cardoso

Por Alexandra Cavalcanti, DOL

Entre o final do século 19 e início do 20, o Centro Comercial de Belém era o local onde se encontravam as casas aviadoras, bancos e lojas chiques, onde compravam-se tecidos conforme a última moda de Paris e Londres, entre outros produtos.

Hoje o cenário é bem diferente: as calçadas estão ocupadas por ambulantes, assim como nas ruas estreitas praticamente não há espaço para pedestres se deslocarem. É preciso enfrentar ainda o desnivelamento do piso, os buracos e o lixo, que está por toda a parte. Entre as áreas que mais retratam essa situação está a rua João Alfredo. O presidente do Sindicato do Comércio Varejista e dos Lojistas de Belém (Sindilojas), Joy Colares aponta alguns dos principais problemas que ele encontra no centro comercial.

“Os ambulantes não ambulam, ou seja, eles ficam parados ocupando o leito das ruas, que é destinado à população, que acaba tendo dificuldade para se locomover. Além disso, impedem que as pessoas tenham uma visão dos produtos expostos nas lojas”, diz o presidente do Sindilojas.

Outra situação, segundo ele, é que o comércio dos ambulantes cresceu nos últimos anos e mudou o perfil que possuía. “Quem trabalhava na informalidade antigamente vendia pequenas coisas, como linhas, botões, etc. Hoje em dia o que vemos são verdadeiras lojas instaladas no meio da rua, muitas vezes com estoque maior que as lojas formais e tudo isso sem pagar impostos”, reclama.

Recentemente, conta, o poder público municipal convocou os lojistas para conhecerem o Plano de Revitalização do centro comercial.

PROJETO

“Estamos aguardando esse projeto há muito tempo e esperamos que ele possa ser executado ainda nessa administração”. Colares afirma que o sindicato tem procurado constantemente o poder público “Já fizemos diversos painéis na sede do Sindilojas com a presença de autoridades municipais, estaduais e até federais para expormos a situação, inclusive a necessidade de se cobrar nota fiscal dos produtos que são comercializados pelos ambulantes, mas até agora não obtivemos retorno”.

Para a gerente de loja, Nazaré Rocha, a situação já esteve pior. “Como a loja fica na esquina praticamente não dava para enxergar nada. Mas, há cerca de três meses mais ou menos, tiraram os ambulantes que ficavam na lateral da loja e melhorou um pouco”. Quem precisa passar pelas ruas também reclama. “Às vezes é preciso dar uma volta enorme para conseguir chegar até a calçada porque as barracas dos ambulantes são muito grudadas umas nas outras”, diz a dona de casa, Adenise Alves. O lixo também atrapalha a mobilidade no local. Há poucas lixeiras e grande parte dos resíduos produzidos ao longo do dia acaba indo parar nas calçadas e ruas.70 mil Passam pelo centro comercial ao longo do dia cerca de 70 mil pessoas, dizJoy Colares.

Resposta

A Prefeitura de Belém informou, por meio de nota, que a “Coordenadoria de Ordem Pública e a Secretaria Municipal de Economia (Secon) realiza a fiscalização no centro comercial de Belém para garantir a mobilidade dos pedestres”. Já com relação a revitalização das calçadas disse que “a Secretaria Municipal de Urbanismo está realizando o levantamento dos pontos necessários”.