Foto: Lucas Landau/Reuters/Reprodução
Por Placar/VEJA.com
O Ministério Público de São Paulo pediu à Justiça o arquivamento de inquérito que investiga a acusação de estupro contra o atacante Neymar feita pela modelo Najila Trindade. A decisão foi comunicada na tarde desta quinta-feira, 8, em entrevista coletiva na sede do MP. O motivo para arquivamento foi falta de provas, de acordo com as promotoras.
Participam da entrevista coletiva o subprocurador-geral de Justiça Criminal, Mário Sarrubbo, e as promotoras de Justiça Flávia Merlini e Estefânia Paulin, da Promotoria de Justiça de Enfrentamento à Violência Doméstica de Santo Amaro.
“Após mais de um mês de exaustiva diligência feita pela delegacia e pelo acompanhamento do MP, decidimos pelo arquivamento por não haver provas suficientes do que foi alegado pela própria vítima”, explicou a promotora Flávia Merlini.
O entendimento das promotoras coincide com que as investigações realizadas pela Polícia Civil. Há duas semanas, a delegada Juliana Lopes Bussacos, da 6ª Delegacia de Defesa da Mulher, de Santo Amaro, afirmou não ter encontrado elementos para indiciar Neymar na investigação.
As promotoras informaram que o arquivamento por falta de provas não implica em absolvição. O processo pode ser reaberto a qualquer momento, desde que apareçam novas evidências. “O arquivamento pode ser reaberto a qualquer momento, é uma previsão legal, desde que haja novas diligências ou surjam novas provas. Isso não implica em uma absolvição do averiguado”, explicou Flávia Merlini.
Questionada sobre as acusações de agressão feitas por Najila, a promotora Flávia Merlini afirmou que os laudos do Instituto Médico Legal (IML) não constataram sinais de violência. As contradições apresentadas por Najila foram levadas em conta pelo MP. “Não dá para se dizer qual a prova que faltou. Por todos os elementos colhidos, pelas contradições existentes no inquérito, optamos pelo arquivamento”, disse a promotora.