Estudos indicam que atividades físicas de alta demanda cognitivo-motora podem retardar progressão da doença e melhorar qualidade de vida
Pacientes com doença de Parkinson estão encontrando na capoeira e em outros esportes de alta complexidade motora uma ferramenta poderosa para recuperar autonomia e reduzir sintomas. Segundo o fisioterapeuta Fernando Alípio, da Universidade da Amazônia (UNAMA), a prática regular dessa atividade – que combina movimentos precisos com estímulo cognitivo – demonstra resultados significativos no controle de tremores, rigidez muscular e lentidão motora, características da doença neurodegenerativa. Além dos benefícios físicos, a modalidade ajuda a combater isolamento social e depressão, comuns em portadores da condição.
Apesar de não ter cura, o Parkinson pode ter sua progressão retardada com um tratamento multidisciplinar que inclui medicamentos, fisioterapia e exercícios específicos. “A capoeira exige coordenação bilateral, ritmo e tomada de decisão rápida, estimulando áreas cerebrais afetadas pela doença”, explica Alípio. O especialista reforça a importância de associar a atividade física a uma alimentação balanceada e à abstinência de álcool e tabaco. Enquanto exames como ressonância magnética ajudam no diagnóstico diferencial, a adoção precoce dessas práticas pode significar ganhos expressivos na qualidade de vida dos pacientes.
Foto: Freepick