Aumentaram 451% no Pará os golpes eletrônicos

Segundo dados do Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2022, os estelionatos alcançaram o recorde de 1.819.409 ocorrências, o que equivale a uma média de 207,7 casos registrados por hora no país e alta de 37,9 %.

No Pará, em 2021, foram registrados 2.344 casos de estelionato por meio eletrônico, já em 2022, houve 12.988 registros, um aumento de 451,1%. Só os estelionatos em meio eletrônico, cujos dados disponíveis excluem cinco das mais populosas Unidades da Federação do país (BA, CE, RJ, RS e SP) e o Rio Grande do Norte.

Estes não informaram a quantidade desagregada de registros, chegaram a um total de 200.322 ocorrências em 2022, um aumento de 65,2% em relação às ocorrências de 2021, ano no qual tal crime foi tipificado. Os estudos demonstram ainda que, de modo geral, o aumento do uso da internet e das redes sociais na pandemia, gerou um enorme campo de oportunidade para criminosos virtuais.

O anuário aponta também que esse não é um fenômeno restrito a segurança ou letramento digital, mas que os criminosos têm explorado fatores situacionais ao identificar vítimas mais vulneráveis, diversificado os métodos de ataque e empregado técnicas de engenharia social.

Dessa forma, tornou-se comum receber promessas de dinheiro rápido e fácil por mensagens via SMS ou aplicativo de mensagens instantâneas, e até mesmo pedidos de transferência via pix, de alguém se passando por algum familiar.

Este último, é conhecido como “Golpe de Engenharia Social com o Whatsapp”, quando o criminoso escolhe uma vítima, pega suas fotos em redes sociais e, de alguma forma, descobre os números de contato da pessoa.

Com um novo número de celular, o criminoso manda mensagem para amigos e familiares da vítima alegando que trocou de número e, a partir daí, pede uma transferência via Pix, alegando urgência.

Foto: Rogerio Uchôa / Ag.Pará