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Ataque isquêmico transitório pode indicar risco de paciente ter AVC

Ataque isquêmico transitório pode indicar risco de paciente ter AVC

O corpo pode dar sinais de quando algo está para acontecer. No caso de um AVC, existe uma condição de alerta chamada ataque isquêmico transitório (AIT), que exige a mesma urgência no atendimento. Até 20% dos casos de AVC são precedidos por um ataque isquêmico transitório e, por isso, ele pode funcionar como um “aviso pré-derrame”. Quando o paciente sofre esse problema, é porque uma artéria que leva sangue para o cérebro obstrui. Com isso, podem surgir sintomas como fraqueza em um dos braços ou uma das pernas, dormência em um lado do corpo, fala enrolada ou alteração súbita da fala, com dificuldade para compleender as palavras ou frases, alteração repentina e intensa do equilíbrio, com dificuldade de andar.

Segundo o Mestre em Neurologia, Dr. Daniel Tomedi, esses sintomas são os mesmos de um AVC, porém ainda não houve infarto de tecido cerebral. “O paciente geralmente só se preocupa quando já ocorreu o derrame e, nesse caso, pode ser tarde demais por causa do risco de sequelas. Portanto, saber reconhecer os sintomas de um AIT é importante para ir imediatamente ao médico e prevenir um AVC”, afirma o médico.

Existem fatores que podem aumentar o risco não só de um derrame cerebral, mas também de um infarto, como hipertensão, diabetes, colesterol alto, sedentarismo, cigarro, barriga grande, estresse, depressão, bebida alcoólica em excesso e doenças do coração.

No AIT, a parte afetada do cérebro fica sem oxigênio apenas alguns minutos. O Ataque Isquêmico Transitório é um sinal de que uma parte do cérebro não está recebendo sangue suficiente e que há um risco de um acidente vascular cerebral mais grave no futuro. “É importante ter o diagnóstico correto o mais depressa possível, pois as obstruções causadas por coágulos sanguíneos podem ser tratadas com medicamentos que afinam o sangue e dissolvem o coágulo, melhorando ou restabelecendo a circulação. Contudo, se esse medicamento é usado no acidente hemorrágico pode piorar o quadro do paciente. Além dos medicamentos antitrombóticos (que dissolvem o coágulo) o tratamento pode ser feito por cateterismo com stent, que desobstrui o vaso e mantém a artéria aberta”, afirma o Dr. Daniel.

As sequelas de um AVC dependem da área atingida, da sua extensão e do tempo de espera no atendimento. Não é todo acidente que deixa sequelas e algumas podem ser revertidas depois de algum tempo. O tempo é vital no atendimento. A demora em diagnosticar e começar a tratar aumenta a chance de sequelas irreversíveis.