Home BACANA NEWS Associação Amigos de Belém promove mutirão de limpeza e convoca voluntários para ação na praça Princesa Isabel

Associação Amigos de Belém promove mutirão de limpeza e convoca voluntários para ação na praça Princesa Isabel

Associação Amigos de Belém promove mutirão de limpeza e convoca voluntários para ação na praça Princesa Isabel

Por DOL

Foto: Reprodução

Neste sábado (24), um mutirão de limpeza convoca voluntários para a coleta de resíduos na área da praça Princesa Isabel, no bairro da Condor. A Associação Amigos de Belém vai percorrer o entorno do local, onde funciona o principal porto que conduz visitantes à ilha do Combu. O objetivo é limpar o local e conscientizar sobre os desafios da gestão do lixo na capital.

Belém produz 1800 toneladas de resíduos por dia. Cerca de 500 mil quilos de lixo são despejados mensalmente nas ruas e canais da cidade. Tudo isso gera um gasto de dinheiro público milionário, além de prejudicar a qualidade de vida, já que agrava alagamentos, atrai insetos e roedores. “Por tudo isso, conversar sobre lixo é também conscientizar sobre a nossa saúde e a nossa relação com a cidade”, destaca Paulo Pinho, doutor em Gestão de Resíduos Sólidos e presidente da Associação.

O mutirão é mais uma edição do projeto Catamor, que mobilizou, em junho, mais de 170 voluntários para fazer a limpeza no Combu e em praias do Marajó. “Recolhemos cerca de 20 bags de resíduos, que foram destinados a associações de catadores”, conta Pinho. Na ocasião, o projeto encaminhou à Secretaria de Meio Ambiente um ofício solicitando Plano de Manejo para todas as unidades de conservação da Região Metropolitana e esforços para viabilizar o acordo setorial para Logística Reversa do Vidro no Pará. Para a Prefeitura de Belém, foram solicitadas ações de saneamento e coleta dos rejeitos. Além disso, a Associação vem realizando, desde então, a coleta seletiva de material reciclável, semanalmente, de cinco restaurantes no Combu, além de capacitá-los na prática da compostagem.

“Estamos jogando, literalmente, no lixo recursos que poderiam servir para aumentar a renda do catador, gerar empregos e diminuir custos relativos à coleta e transporte para lixões, além de reduzir os impactos ocasionados pela má disposição do lixo”, defende o pesquisador, que é categórico: investir no tratamento de resíduos sólidos na Amazônia é uma questão estratégica, do ponto de vista econômico, social e ambiental. “Apenas 2 % do lixo que produzimos chega à reciclagem. Esse percentual pode e deve ser ampliado para 10%, em médio prazo. Para isso, é necessário mobilizar a sociedade e cobrar ação efetiva dos agentes públicos”.