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Por Marcelo Marques
A restrição à entrada de brasileiros nos Estados Unidos vai durar até o dia 21 de junho, segundo o decreto da Presidência americana, que pode ser renovado caso tenha necessidade. A decisão de banir brasileiros e estrangeiros que estiveram no Brasil desde o meio de maio foi tomada pelo presidente Donald Trump. Apenas podem entrar no país possuidores do green-card, o documento de domicílio permanente, parentes de americanos e funcionários de companhias aéreas e órgãos de Saúde, além de americanos natos. Pessoas com domicílio no Brasil, mas que também possuam casa lá, não podem entrar pelo menos até o dia 21/06. A restrição vale para não americanos em geral que tiveram ou têm contato com o Brasil. A medida de fechar fronteiras aéreas estadunidenses já foi adotada contra chineses e europeus fora do Reino Unido, primeiramente, e depois para britânicos também.
A decisão foi tomada de acordo com uma recomendação do Centro de Controle e Prevenção de Doenças Americano, que dizia que o Brasil vive “uma onda descontrolada de contaminações”. Em entrevista coletiva, ao justificar os motivos do fechamento da fronteira, o presidente Trump disse estar preocupado com a contaminação do povo dele. “Não quero as pessoas vindo até aqui e infectando o nosso povo. E também não quero pessoas doentes lá. Estamos ajudando o Brasil com ventiladores… O Brasil está enfrentando problemas, não há dúvidas sobre isso”, comentou Trump. A embaixada americana em Brasília minimizou a polêmica. “Temos uma forte parceria com o Brasil e trabalhamos em estreita colaboração para mitigar os impactos socioeconômicos e de saúde da covid-19 no Brasil”. O chanceler brasileiro Ernesto Araújo evitou criticar Trump e a medida. “O presidente Trump se colocou à disposição para cooperação com o Brasil no que for necessário, na parte de logística e parte médica, o que pode ser muito importante dada as capacidades dos Estados Unidos”, afirmou Araújo.
Atualmente são quase 2 milhões de estadunidenses estão contaminados, com 111 mil mortos. Essa é a taxa mais alta de infectados no mundo. O Brasil é o segundo colocado no ranking com cerca de 651 mil infectados e 35 mil mortos.