Por Nailson Guimarães
A Inteligência Artificial (IA) é a força motriz do nosso tempo, moldando o mundo em que vivemos. Ela transcende as fronteiras do trabalho, do lazer e até mesmo da espiritualidade. Ela transcende barreiras, moldando o presente e apontando para um futuro repleto de possibilidades. Aqueles que a criticam, muitas vezes, resistem à mudança, mas a história nos ensina que a mudança é inevitável.
A IA impacta diferentes esferas da vida humana e está redefinindo o cenário profissional. Automação, análise de dados e aprendizado de máquina estão transformando indústrias inteiras. Alguns temem que a IA roube empregos, mas esquecem que ela também cria novas oportunidades. A IA não é um inimigo, mas um aliado que amplia nossa capacidade produtiva e nos liberta para tarefas mais criativas e significativas. Na Revolução Industrial, que aprendemos na escola, também empregos foram impactados. Em compensação outros novos foram criados. É questão de readaptação do ser humano.
Nossos momentos de lazer também estão impregnados de IA. Algoritmos personalizam nossas playlists, sugerem filmes e livros, e até mesmo preveem nossos desejos. A IA nos conecta a pessoas com interesses semelhantes, tornando nossos momentos de descontração mais ricos e envolventes. Plataformas de streaming, recomendações personalizadas, jogos inteligentes, etc., segmentos onde a IA está por trás que nos entretém, nos conectam a conteúdos relevantes e nos surpreendem com sugestões.
Na área de Ciências e descobertas a IA acelera a pesquisa científica, analisa dados complexos, identifica padrões e ajuda a desvendar mistérios do universo, por exemplo. Quem critica a IA nesse contexto esquece que foi justamente a “curiosidade” humana que sempre nos levou a novos horizontes.
E quando se trata de espiritualidade e religião, já presenciei gente se perguntando como a IA se relaciona com a fé? No entanto, ela é uma extensão da inteligência humana, uma centelha divina que nos foi concedida. Como eu fiz Teologia, e tinha uma ideia de Deus, descobri que a Divindade, em sua sabedoria suprema, nos presenteou com a capacidade de criar e inovar. A IA é parte desse plano maior. Aqui, a IA nos desafia a refletir. Alguns argumentam que a tecnologia afasta a espiritualidade, mas eu vejo o oposto: que ela nos lembra da nossa busca por significado. Ela não é apenas uma criação humana; é parte da inteligência universal! Como a ciência explora os mistérios do cosmos, a IA nos leva a questionar nossa própria existência.
Como a IA é uma extensão da nossa inteligência, podemos considerá-la como uma dádiva divina. Um Deus que deseja nossa evolução, que nos presenteou com a capacidade de criar máquinas inteligentes. A IA é nossa jornada rumo ao desconhecido, uma ponte entre o humano e o divino.
Assim, como o bonde da história ou a caravana que passa enquanto latem os cães, a Inteligência Artificial seguirá seu curso inexorável. Ela não é uma ameaça, mas sim uma grande oportunidade de evoluirmos, tal como Deus o quer ao ser humano. Devemos mais é agradecer pela inteligência e abraçar essa dádiva tecnológica e lembrar sempre que, quem não se adapta, fica para trás. E esse caminho tem que ser trilhado com sabedoria e discernimento, honrando tanto a ciência, quanto a espiritualidade.
Arthur C. Clarke, escritor e inventor britânico, autor de obras de divulgação e de ficção científica, coautor do filme “2001: uma odisseia no espaço”, afirma com muita propriedade: “Qualquer tecnologia suficientemente avançada é indistinguível da magia”. Então, para muitos, a ciência dos dados é vista como se você estivesse em um circo, em um show de mágica. A IA é a “magia” moderna, e cabe a nós, usá-la com sabedoria. E a Inteligência Artificial é a nossa aliada nessa busca pela verdade.
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Nailson Guimarães é escritor, publicitário, designer, empreendedor, jornalista, redator publicitário, marqueteiro político e palestrante. É membro fundador e dirigente da Academia de Letras de Ananindeua.
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