Foto: Igor Mota/O Liberal
Por OLiberal.com
Até o final deste último domingo de julho, cerca de 65 mil pessoas passaram pelas quatro grandes praias de Salinópolis. A estimativa é do Corpo de Bombeiros Militares, que programou a operação para essa quantidade de gente. O principal público é dos piqueniques. Pelo menos 50 ônibus chegaram às praias lotados de veranistas, vindos de vários cantos do Pará. Desde as primeiras horas dia, as praias do Atalaia, do Farol Velho e o lago da Coca-Cola já estavam com trechos lotados.
Os veranistas de piquenique são um público diferenciado e que costuma desagradar os comerciantes das barracas. Mas isso é relativo. Geralmente, são pessoas de menor poder aquisitivo e que fazem o possível para economizar no passeio. Trazem tudo o que podem de casa, da água mineral às refeições. Os fánaticos por churrasco levam até as próprias churrasqueiras e fazem os assados ao vivo. Só a farofa que já vem pronta.
A molecada dos piqueniques adora correr pela praia e inventar todo tipo de brincadeira. O banho é uma das importantes e desejadas. As meninas pegam sol para deixar as marquinhas em dia. Os meninos querem futebol e pipa. Os casais se curtem dos beijos às selfies. Comida vem, bebida vai. Uma caixa de isopor é esvaziada e outra é aberta. A caixa de som reproduz oa funks e bregas. Quem sabe, faz da areia pista de dança.
“Gostamos assim: bem movimentado. É mais divertido. A gente trouxe tudo de casa e veio aproveitar a natureza. E por isso vamos preservar e cuidar de todo o nosso lixo. Não vai ficar nada”, disse a agricultora Francisca Ferreira. Uma lição a quem acha que pode sujar a praia. Ela veio numa excursão com 50 pessoas de Apuí, uma vila de São Miguel do Guamá. O grupo criticou a sujeira que encontraram nas areias, logo no início da manhã.
Mas nem todo mundo gosta de agitação. A caravana na qual veio o vendedor Ailton César Santiago – era um grupo bem animado de Tracuateua, com 100 pessoas, em dois ônibus – queria sossego. “Viemos atrás de relaxar e de banho. A gente só trouxe aa bebidas nos isopores. A comida vai ser comprada aqui”, disse. Alívio aos comerciantes das barracas, que sempre se preocupam em não conaeguir faturar com os piqueniques. O passeio d
Ainda mais afastado estava Arley Rosa, servidor público estadual. Foram sete dias de descanso com a família, com o ápice neste domingo. “Fugimos do furdunço. O clima de praia, para nós, precisa ser de calma. Assim dá para curtir a natureza e a família. Deu para desligar do estresse”, disse.
Para guardar a última memória do fim de julho, a família Cecim também buscou os trechos mais afastados do Atalaia. Lá, prepararam a foto que marcou o passeio tradicional. “Todos os anos a gente vem por Salinas, sempre no final. Se não passarmos no Sal, não passamos por julho. Mas a gente só quer a parte calma da praia. É bom assim”, disseram Janice e Antônio Cecim. Como muitos veranistas, deram a última olhada para o pedacinho do oceano Atlântico, para as areias e iniciaram a viagem de volta às rotinas. O veraneio de julho chegou ao fim.